Hoje eu queria ter acordado nos teus braços. Não apenas para estar quentinha, ou para sentir seus braços me puxando para mais perto de você. Eu queria poder suspirar e reclamar que não quero acordar ainda e então ser aconchegada no teu peito. E ouvir um resmungo de mau humor dizendo que ninguém está acordando ninguém.
E nesse exato instante de aconchego... O mundo pararia. Porque as contas não estão pagas, ninguém colocou a roupa na máquina de lavar ontem, o café acabou e o frio está do lado de fora esperando, mas nada disso importa. Nem um pouco. Porque esse aconchego é o bem mais precioso do nosso relacionamento.
A paz de espírito que ninguém pode comprar. O momento que torna tudo que sentimos válido, e esse pequeno momento é apenas nosso. E quando nada poderia dar errado. Minha barriga iria roncar e cairíamos naquela risada gostosa de cúmplices que ignoraram o mundo e foram completamente felizes em seus instantes.
Mas hoje não vou acordar do seu lado, vou apenas continuar deitada na minha cama. Olhando para o teto e fazendo rimas de amor, fingindo que não está frio lá fora e ensaiando a hora em que terei que enfrentar a realidade de não ter você mais ao meu lado.
Mas não vou reclamar e nem chorar. Eu tenho a felicidade da lembrança... E isso vai me bastar, até que você volte, ou como sei que não voltará, isso terá que ser suficiente até o amor voltar. Que essa nostalgia seja o sentimento mais quente desse inverno gelado.




















Clícia adorei o texto. É seu??? Parabéns pelo realismo e pela riqueza de sentimentos.
ResponderExcluirCom certeza relacionamentos bem sucedidos é uma arte que poucos dominam e a valorização dos pequenos momentos juntinhos são pouco observadas como no texto. Enfim acredito que quem encontrar um amor onde a harmonia, a união e o carinho são predominantes será feliz. Pelo menos acredito que com isso podemos conquistar outras coisas boas.
Adorei a imagem também!!! Beijos e te adoro!!!
Leituras, vida e paixões!!!
Que texto lindo e triste ao mesmo tempo, deu até um nó aqui. Parabéns pelas palavras.
ResponderExcluirBeijoks, Van - Blog do Balaio
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